Mais um belo poema do meu amigo Fernando Campos de Castro que me veio parar às mãos. Umas mãos sempre abertas para divulgar o que a meu ver são dignos de serem divulgados.
Quantas e quantas vezes ao longo da vida encontrei mãos carinhosas e rebeldes algumas agitando-se em promessas nunca cumpridas é caso para perguntar “Que mãos são essas que trazes”
Um belo poema para vocês degustar.
Que mãos são essas que trazes.
Que mãos são essas que trazes
Essas mãos com que me fazes
Carícias que nunca vi
São duas mãos que se agitam
E em cada gesto me gritam
Palavras que bebo em ti
Que mãos são essas libertas
Nas madrugadas abertas
De cada noite que temos
São duas mãos de ansiedade
A procurarem verdade
Nos sonhos que os dois vivemos
Que mãos são essas tão frias
Essas mãos com que fazias
Carícias como ninguém
Que mãos são essas paradas
Como marés adiadas
Nas praias que o corpo tem
Que mãos são essas distantes
Essas mãos tão inconstantes
Que habitam os sonhos meus
Que mãos são essas erguidas
A lembrarem despedidas
A quem não quer um adeus
De: Fernando Campos de Castro
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Nelson Camacho D’Magoito
“Poemas para degustar”
© Nelson Camacho
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