Na cadeira onde me sento, penso e teclo coisas que me vão na alma. Coisas que vou observando no dia a dia, que mexem comigo e com o meu Povo

Art. 13º, n.º 2 da Constituição
"Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual". É assim que conta na Constituição da nossa República.
19
Jan 14
reflecção

     Sejam humildes e amem o próximo como a você mesmo.

     A vida é demasiado curta para sermos arrogantes para com os outros.

     Se for humilde receberá em troca o que julga ser impensável.

     Leiam esta história e reflictam no que andam a fazer neste mundo.

 

Uma história para reflectir

     Carlos trabalhava numa fábrica de distribuição de carne. Um dia, quando terminou o seu horário de trabalho, foi a um dos frigoríficos para inspeccionar algo, mas num momento de azar a porta fechou-se e ele ficou trancado lá dentro.

 

     Ainda que tenha gritado e batido na porta com todas as suas forças, jamais poderiam ouvi-lo. A maioria dos trabalhadores já tinha ido embora, e no exterior da arca frigorífica era impossível ouvir o que estava acontecendo lá dentro.

Cinco horas mais tarde, quando Carlos já se encontrava à beira da morte, alguém abriu a porta. Era o segurança da fábrica, que salvou a vida de Carlos.

 

     Carlos perguntou ao segurança como foi possível ele passar e abrir a porta, se isso não fazia parte da sua rotina de trabalho, e ele explicou:

“Eu trabalho nesta fábrica há 35 anos, centenas de trabalhadores entram e saem a cada dia, mas você é um dos poucos que me cumprimenta pela manhã e se despede de mim à noite. Muitos me tratam como se eu fosse invisível. Hoje, como todos os dias, você me disse seu simples ‘olá’ na entrada, mas hoje curiosamente, não tinha ouvido o seu ‘até amanhã’. Espero o seu ‘olá’ e ‘até amanhã’ todos os dias. Para você eu sou alguém. Ao não ouvir a sua despedida, eu sabia que algo tinha acontecido… Procurei-o e encontrei-o!”

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As fotos aqui apresentadas são livres de copyright e retiradas da Net.

Qualquer semelhança com factos reais é mera coincidência, ou não! O geral ultrapassa a ficção

 

       Nelson Camacho D’Magoito

     “Histórias para degustar (DR)”

            © Nelson Camacho
2014 (ao abrigo do código do direito de autor)

 

publicado por nelson camacho às 17:34
sinto-me:

15
Jan 14
infancia carrinho de rolamentos

     Esta noite apeteceu-me levantar o cú da minha cadeira de baloiço onde estava a ler um livro de Jorge Amado e fui até à net vasculhar o que por lá se escreve.

 

     Não tenho por hábito fazer copy paste mas por vezes encontro delicias que vale a pena divulgar principalmente quando estas se encontram no Facebook que contrariamente ao que muitos dizem não é para todos mas sim para uma roda de amigos. Não sei quem é o seu autor portanto, um texto livre. Li, reli e lembrei-me da minha infância onde havia respeito pelos mais velhos. Não havia computadores nem amigos virtuais mas éramos felizes.

 

     Leia com atenção pois vale a pena e deliciem-se….

 

Nascidos antes de 1986.

 

De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 40, 50, 60, 70 e princípios de 80, não devíamos ter
sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas, em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.

Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas 'à prova de crianças', ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.
Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.
Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar à frente era um bónus.
Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem.
Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.
Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.
Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões.
Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.
Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.
Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.
Não tínhamos Play Station, X Box..
Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet.
Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos à rua.
Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía!
Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.
Havia lutas com punhos mas sem sermos processados.
Batíamos às portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.
Íamos a pé para casa dos amigos.
Acreditem ou não íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.
Criávamos jogos com paus e bolas.
Se infringíssemos a lei era impensáveis os nossos pais nos safarem.
Eles estavam do lado da lei.
Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre.
Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.
Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.

És um deles?

Parabéns!..

 

(Gentileza do Aurélio de Matos)

 

  Nelson Camacho D’Magoito

publicado por nelson camacho às 07:16
sinto-me:

 

Ruy de Carvalho

     Na minha cadeira de baloiço e já com 78 anos e depois de ter feito um percurso artístico e sentindo na pele as malfeitorias destes governos deparei na internet com uma declarações de um cidadão de corpo inteiro que li e reli e que vale a pena divulgar.

 

     Foi o caso deste texto de revolta do prestigiado actor Ruy de Carvalho que esclarece a sua decisão em manifestar a sua indignação depois de ter recebido uma carta das Finanças que o informa ter deixado de ser “Artista” para passar a ser “prestador de serviços”, deixando de ter os direitos conexos e de propriedade intelectual.

 

“Senhores Ministros:

 

Tenho 86 anos, e modéstia à parte, sempre honrei o meu país pela forma como o representei em todos os palcos, portugueses e estrangeiros, sem pedir nada em troca senão respeito, consideração, abertura – sobretudo aos novos talentos -, e seriedade na forma como o Estado encara o meu papel como cidadão e como artista.

 

Vivi a guerra de 36/40 com o mesmo cinto com que todos os portugueses apertaram as ilhargas. Sofri a mordaça de um regime que durante 48 anos reprimiu tudo o que era cultura e liberdade de um povo para o qual sempre tive o maior orgulho em trabalhar. Sofri como todos, os condicionamentos da descolonização. Vivi o 25 de Abril com uma esperança renovada, e alegrei-me pela conquista do voto, como se isso fosse um epítome libertador.


Subi aos palcos centenas, senão milhares de vezes, da forma que melhor sei, porque para tal muito trabalhei.

 

Continuei a votar, a despeito das mentiras que os políticos utilizaram para me afastar do Teatro Nacional. Contudo, voltei a esse teatro pelo respeito que o meu público me merece, muito embora já coxo pelo desencanto das políticas culturais de todos os partidos, sem excepção, porque todos vós sois cúmplices da acrescida miséria com que se tem pintado o panorama cultural português.

 

Hoje, para o Fisco, deixei de ser Actor…e comigo, todos os meus colegas Actores e restantes Artistas deste país – colegas que muito prezo e gostava de poder defender.

 

Tudo isto ao fim de setenta anos de carreira! É fascinante. Francamente, não sei para que servem as comendas, as medalhas e as Ordens, que de vez em quando me penduram ao peito?

 

Tenho 86 anos, volto a dizer, para que ninguém esqueça o meu direito a não ser incomodado pela raiva miudinha de um Ministério das Finanças, que insiste em afirmar, perante o silêncio do Primeiro-Ministro e os olhos baixos do Presidente da República, de que eu não sou actor, que não tenho direito aos benefícios fiscais, que estão consagrados na lei, e que o meu trabalho não pode ser considerado como propriedade intelectual.

 

Tenho pena de ter chegado a esta idade para assistir angustiado à rapina com que o fisco está a executar o músculo da cultura portuguesa.

 

 Estamos a reduzir tudo a zero… a zeros, dando cobertura a uma gigantesca transferência dos rendimentos de quem nada tem para os que têm cada vez mais.

 

É lamentável e vergonhoso que não haja um único político com honestidade suficiente para se demarcar desta estúpida cumplicidade entre a incompetência e a maldade de quem foi eleito com toda a boa vontade, para conscientemente delapidar a esperança e o arbítrio de quem, afinal de contas, já nem nas anedotas é o verdadeiro dono de Portugal: nós todos!

 

É infame que o Direito e a Jurisprudência Comunitárias sirvam só para sustentar pontualmente as mentiras e os joguinhos de poder dos responsáveis governamentais, cujo curriculum, até hoje, tem manifestamente dado pouca relevância ao contexto da evolução sociocultural do nosso povo. A cegueira dos senhores do poder afasta-me do voto, da confiança política, e mais grave ainda, da vontade de conviver com quem não me respeita e tem de mim a imagem de mais um velho, de alguém que se pode abusiva e irresponsavelmente tirar direitos e aumentar deveres.

 

É lamentável que o senhor Ministro das Finanças, não saiba o que são Direitos Conexos, e não queiram entender que um actor é sempre autor das suas interpretações – com direitos conexos, e que um intérprete e/ou executante não rege a vida dos outros por normas de Exel ou por ordens “superiores”, nem se esconde atrás de discursos catitas ou tiradas eleitoralistas para justificar o injustificável, institucionalizando o roubo, a falta de respeito como prática dos governos, de todos os governos, que, ao invés de procurarem a cumplicidade dos cidadãos, se servem da frieza tributária para fragilizar as esperanças e a honestidade de quem trabalha, de quem verdadeiramente trabalha.

 

Acima de tudo, Senhores Ministros, o que mais me agride, nem é o facto de os senhores prometerem resolver a coisa, e nada fazer, porque isso já é característica dos governos: o anunciar medidas e depois voltar atrás. Também não é o facto de pôr em dúvida a minha honestidade intelectual, embora isso me magoe de sobremaneira. É sobretudo o nojo pela forma como os seus serviços se dirigem aos contribuintes, tratando-nos como criminosos, ou potenciais delinquentes, sem olharem para trás, com uma arrogância autista que os leva a não verem que há um tempo para tudo, particularmente para serem educados com quem gera riqueza neste país, e naquilo que mais me toca em especial, que já é tempo de serem respeitadores da importância dos artistas, e que devem sê-lo sem medos e invejas desta nossa capacidade de combinar verdade cénica com artifício, que é no fundo esse nosso dom de criar, de ser co-autores, na forma, dos textos que representamos.

 

Permitam-me do alto dos meus 86 anos deixar-lhes um conselho: aproveitem e aprendam rapidamente, porque não tem muito tempo já. Aprendam que quando um povo se sacrifica pelo seu país, essa gente, é digna do maior respeito… porque quem não consegue respeitar, jamais será merecedor de respeito!

RUY DE CARVALHO”

 

Com a devida vénia ao grande actor Ruy de Carvalho não podia deixar de republicar o seu lamento para que mais gente saiba o que este governo anda a roubar aos homens que deram uma vida ao seu país.

Obrigado, desculpe e um grande abraço de amizade carinho e reconhecimento do seu trabalho como actor e como homem.

 

Nelson Camacho D'Magoito

publicado por nelson camacho às 05:50

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